O jornal americano destacou mais uma vez a situação alarmante da Amazônia com a coluna "Uma devastação da Amazônia em todo o Brasil"
Por Da Redação, com agências
access_time26 ago 2019, 16h45 - Publicado em 26 ago 2019, 11h49
more_horiz
Bolsonaro: reportagem foi publicada nesta segunda-feira (26) na primeira página do caderno internacional do New York Times (Carolina Antunes/PR/Flickr)
São Paulo — A edição internacional do The New York Times traz nesta segunda-feira (26), na capa um artigo intitulado “A devastação da Amazônia por todo o Brasil”, no qual o presidente Jair Bolsonaro é classificado como “o menor e mais maçante” dos líderes mundiais.
O texto afirma que o primeiro sinal de que a Amazônia não teria um bom ano foi a demissão do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, após o cientista ter divulgado dados alarmantes sobre o desmatamento da floresta amazônica em 2019.
PUBLICIDADE
“O presidente Bolsonaro avaliou a divulgação dos dados como um ato não patriota e disse que Galvão não era um bom brasileiro que queria servir ao seu país”, critica o texto assinado por Vanessa Barbara, jornalista colaboradora da publicação.
O artigo conclui que “um tesouro global como a Amazônia vive à mercê do presidente Bolsonaro, o menor, mais maçante e mesquinho de todos os líderes”.
New York Times diz que Bolsonaro “é o menor dos líderes”
New York Times diz que Bolsonaro “é o menor dos líderes” (NYT/Reprodução)
Os incêndios na Amazônia chamaram a atenção da comunidade internacional eforam discutidos na Cúpula do G7, que reuniu os chefes de Estado de Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália e Canadá.
Anfitrião do encontro, o francês Emmanuel Macron, declarou neste domingo que é necessário ajudar os países da Amazônia a combater os incêndios o mais rápido possível.
O envio dos militares dependerá da solicitação de cada governador da região, que inclui os estados de Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.
Entre esses estados, apenas Maranhão e Amapá ainda não requisitaram o apoio federal.
A Prefeitura de Paço do Lumiar pagou nesta sexta-feira, 30, os salários de agosto dos servidores públicos efetivos, comissionados, aposentados e pensionistas do Município.
A prefeita em exercício Paula Azevedo manteve o pagamento dos servidores em dia, realizando os depósitos em conta ainda dentro do mês de referência.
A antecipação - pagamento antes do 5º dia útil do mês seguinte -, com o depósito dos salários ainda dentro do mês de referência, confirma mais uma vez a prioridade dada pela gestão aos servidores municipais.
As vendas diretas crescem de forma assustadora. Com isso, o principal ativo (o carro) vem se desvalorizando cada vez mais rápido. O hiato entre o preço de compra e venda nunca esteve tão grande
28 ago, 2019 01h27
Por: Raphael Galante
Caros leitores, digníssimas leitoras: na semana passada, o vice-presidente da Toyota (Miguel Fonseca) reclamou do excesso em venda direta realizada pelas montadoras (aqui).
Mas como a reclamação veio da Toyota, quer dizer que a situação já deve ter ligado o sinal amarelo em várias montadoras, mas somente para as que "quase nunca canibalizam" seus preços, como por exemplo Toyota e Honda.
O ponto central é que essa venda direta realizada por boa parte das montadoras está começando (na verdade já começou) a criar uma bolha no setor. Temos que considerar que o carro é um ativo (principalmente para os bancos que realizam a alienação fiduciária do veículo) que vem, a cada período que passa, desvalorizando cada vez mais rápido!
A nossa visão é que carro não é um ativo. É um bem de consumo como um celular. Compre, use e jogue fora (no meu caso, ainda posso repassar para os meus filhos menores).
Vamos ilustrar? Tendo como exemplo, o hatch mais vendido: Onix.
Usando o Onix Joy, que a GM divulga ao preço de R$ 46.590. Esse carro – em geral – é transacionado com um desconto de 6,5% - R$ 43.542 (segundo a FIPE) e a versão com dois anos de uso (novamente segundo a FIPE), está sendo vendida a R$ 34.834 – 25% de deságio sobre o valor de face.
Esse deságio (de 25%) seria mais ou menos como o mineiro:
“...tá bom, mas tá ruim...”
Pessoalmente, temos grande admiração pela tabela FIPE – acreditamos que foi uma das poucas coisas acertadas que o Fernando Haddad fez na vida.
Mas ela tem um grande problema: só reflete o preço de venda do carro, não o preço de compra. Para o pessoal do mercado financeiro, imagine ficar sem saber o preço de compra/venda do dólar? Então... a tabela FIPE só publica o de VENDA.
Mas aí o arquirrival da FIPE – a FGV – criou (junto com a AUTOAVALIAR) o preço de compra dos carros (aqui). Preço de compra praticado pelos lojistas e concessionárias.
Afinal de contas, a gente tinha apenas o preço de venda. Quando o lojista/concessionário compra o carro ele precisa pagar: o ICMS do carro usado; dar (no mínimo) três meses de garantia; fazer a revisão do carro; além dos gastos com a preparação dos veículos; salário do vendedor; marketing; custo financeiro; giro do modelo; sem considerar o ganho do empresário.
Então a nova tabela AUTOAVALIAR/FGV mostrou para nós que o buraco está bem mais lá embaixo.
No caso do ONIX JOY – em média – o lojista/concessionário vai pagar R$ 27.407, ou quase 42% abaixo do preço do zero, com apenas dois anos de uso.
E o conceito é o mesmo se pegássemos um dos SUV mais vendidos (Jeep Renegade): o preço anunciado pela montadora é de quase R$ 90 mil. Em dois anos, você vende ele com um deságio de 44,39% ou por R$ 50 mil.
A tabela a seguir mostra mais ou menos essa oscilação:
ONIX JOY
PREÇO
V% SOBRE PREÇO SUGERIDO
PREÇO SUGERIDO PELA GM
R$ 46.590,00
-
PREÇO REAL DE VENDA - FIPE
R$ 43.542,00
-6,54%
PREÇO DA VERSÃO 17/17 - FIPE
R$ 34.834,00
-25,23%
PREÇO DA VERSÃO 17/17 - FGV
R$ 27.407,00
-41,17%
RENEGADE SPORT
PREÇO
V% SOBRE PREÇO SUGERIDO
PREÇO SUGERIDO PELA JEEP
R$ 89.990,00
-
PREÇO REAL DE VENDA - FIPE
R$ 86.381,00
-4,01%
PREÇO DA VERSÃO 17/17 - FIPE
R$ 67.513,00
-24,98%
PREÇO DA VERSÃO 17/17 - FGV
R$ 50.041,00
-44,39%
E por que o caboclo aqui pensa que estamos numa bolha? Elementar, meu caro Watson!
O preço de tabela do Renegade é R$ 90 mil. Mas esse preço só existe para pouquíssimas pessoas - só aquelas que ainda não perceberam que as montadoras criaram uma filial do “red market district” de Amsterdã para o nosso mercado automotivo.
O melhor na história da humanidade é a capacidade do ser humano em “criar jeitos” para contornar situações complicadíssimas. Foi assim quando inventaram o cinto de castidade 2 mil anos atrás. Só demorou um dia para conseguirmos burlar o sistema.
As montadoras, quando vendem o veículo direto ao consumidor, o fazem para diminuir a carga tributária do carro, seja fazendo a venda para uma pequena empresa (PME); Produtor Rural ou para um deficiente físico (onde uma lei “mal redigida” fez criar a indústria do PCD). Com uma carga tributária menor, esse “desconto” é repassado aos consumidores que pagam o valor integral.
O bobo sempre vai se dar mal! O esperto pensa que está fazendo um grande negócio, até que chega o MALANDRO (locadoras) e derruba o preço do mercado.
Vejam os balanços das locadoras. A sua principal receita não vem mais da sua operação fim (que é locar os veículos), mas sim da transação entre compra e venda do carro.
A maior moeda na comercialização do carro novo (por exemplo) é o carro usado! Se o carro usado com dois anos tem uma defasagem de quase 50% sobre o novo, a percepção de perda do poder de compra pelo consumidor (além do aumento da sua frustração) é impactada na hora, o que deverá retardar ainda mais a renovação do seu veículo.
Os bancos que financiam esses veículos estão vendo a sua garantia virar pó! Lógico que banco nunca perde... hoje o prazo médio de financiamento é de 42 meses, e nesse cenário, alongar esse prazo para 50 ou 60 meses (que geraria uma grande mudança na demanda e oferta de carros), nunca irá acontecer! É mais fácil acabar com as queimadas da Amazônia, do que termos o alongamento dos financiamentos (além da mudança nos carros não financiáveis – aqueles com mais de 08 anos).
E as montadoras?
São iguais a dependentes químicos! Uma vez "viciado", precisam vender cada vez mais, para saciar o seu vício.
A venda direta na última década mais que dobrou. Em 2009, fechou com participação de 21%. Hoje (mês de agosto), está em 46% e, em algum mês até o final do ano, deve bater em 50% - como disse o vice da Toyota.
ANO
PART. % DA VENDA DIRETA SOBRE O TOTAL
2011
26,73%
2012
24,48%
2013
24,48%
2014
28,60%
2015
28,21%
2016
33,34%
2017
39,13%
2018
42,29%
2019
44,12%
Tem solução? Lógico que tem! Mas não é fácil. Vai ter que ser uma porrada logo de cara; rolar um MEGA sofrimento no começo para depois ver como vamos viver.
Quando vai acontecer? Enquanto todo mundo estiver tampando o sol com a peneira (ou empurrando com a barriga), nunca!
Para quem insiste em comprar carro agora... provavelmente vai comprar para Pessoa Jurídica se tiver empresa; aproveitar aquela chácara que só te dá prejuízo para virar um “Produtor Rural”, ou ver se você (ou algum parente que dependa de você como condutor) não é elegível para virar um PCD.